Bradesco lucra à custa de cortes 

A política de cortes também é evidente nos pontos de atendimento. Apenas no ano passado o banco fechou 1.385. A quantidade de agências caiu 13,7%, passando de 2.695 para 2.305 unidades em 2024. Já o número de PABs (postos de atendimento bancários) passou de 3.873 para 2.970 e o de unidades de negócio caiu de 820 para 729. Prejuízo para clientes e empregados.

Por Renata Andrade

À custa de assédio moral, pressão por metas, demissões, acúmulo de funções e serviços e adoecimento de funcionários, os bancos enchem os cofres todos os anos. Os números são surpreendentes. O Bradesco, por exemplo, lucrou de R$ 19,554 bilhões em 2024, alta de 20% em relação ao ano anterior (R$ 16 bilhões). 


No quarto trimestre, a empresa registrou lucratividade de R$ 5,4 bilhões. Salto de 87,7% ante o mesmo período de 2023, quando lucrou R$ 2,8 bilhões. Além disso, o ROAE (Retorno sobre o Patrimônio Médio Anualizado) subiu de 11,3% para 11,7% do terceiro trimestre para o quarto. 


Em contrapartida, o total de funcionários recuou 2,5% para 84.022 trabalhadores. Mas, o balanço do banco ainda não deixou claro como foi a redução em números absolutos. Contudo, quem vai às agências percebe nitidamente que falta mão de obra para prestar atendimento e a sobrecarga é cada vez pior. 


A política de cortes também é evidente nos pontos de atendimento. Apenas no ano passado o banco fechou 1.385. A quantidade de agências caiu 13,7%, passando de 2.695 para 2.305 unidades em 2024. Já o número de PABs (postos de atendimento bancários) passou de 3.873 para 2.970 e o de unidades de negócio caiu de 820 para 729. Prejuízo para clientes e empregados.