Abusos do Santander denunciados na Espanha

Durante a assembleia mundial dos acionistas do banco, nesta sexta-feira (22/03), na Espanha, a membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Lucimara Malaquias, denunciou as arbitrariedades na presença da presidenta do banco, Ana Botín. 

Por Ana Beatriz Leal

Apesar de lucrar bilhões graças aos esforços dos bancários, o Santander Brasil adota uma gestão pautada em abusos e desrespeitos com os funcionários. A insatisfação é geral. Durante a assembleia mundial dos acionistas do banco, nesta sexta-feira (22/03), na Espanha, a membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Lucimara Malaquias, denunciou as arbitrariedades na presença da presidenta do banco, Ana Botín. 
 

Os 55.615 trabalhadores brasileiros respondem por 17% do lucro global do conglomerado espanhol. Ainda assim, o banco toma uma série de medidas prejudiciais aos bancários e clientes. 
 

Um dos trechos do manifesto lido na assembleia afirma que “fraudes de contratação, demissões arbitrárias, ataques ao plano de pensão e aos convênios de saúde, assédio moral e sobrecarga de trabalho têm sido parte do nosso cotidiano, gerando altos índices de adoecimento entre nossos colegas e uma total ausência de solução dos conflitos através da negociação coletiva”. 
 

A situação é realmente desesperadora. O Sindicato dos Bancários da Bahia tem realizado manifestações contra as mudanças promovidas pelo banco, que lucrou quase R$ 9,5 bilhões em 2023. Enquanto agracia o alto escalão, demite sem pena os funcionários. Nos últimos 10 anos, o resultado para o acionista do Santander subiu 7 vezes. Em 2023, foram distribuídos 5,5 bilhões de euros na forma de dividendos. É uma ganância sem limites.