Desigualdade racial afeta o acesso à saúde

Mais um dado que escancara a desigualdade e o preconceito racial no Brasil. Até 2019, quase 30% das pessoas negras nunca tinham ido ao dentista ou não o fazia há mais de três anos. Entre os brancos o índice é de 20%

Mais um dado que escancara a desigualdade e o preconceito racial no Brasil. Até 2019, quase 30% das pessoas negras nunca tinham ido ao dentista ou não o fazia há mais de três anos. Entre os brancos o índice é de 20%.


O levantamento do Cedra (Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais) mostra ainda que apenas 21,7% dos negros tinham acesso a planos de saúde ou odontológicos, comparado a 40% dos brancos.


A disparidade se estende à percepção de saúde bucal, com 34% dos negros adultos tendo uma avaliação negativa. A falta de exames preventivos também é alarmante, 43,9% dos negros adultos nunca fizeram exame de vista, em comparação com 36,1% entre os brancos.


As crianças negras também enfrentam desigualdades, 24,2% delas não realizaram o importante exame de Triagem Auditiva Neonatal, enquanto apenas 12% das crianças brancas deixaram de fazê-lo. 


Os números revelam a presença do racismo estrutural no sistema de saúde, escancarando a urgência de ações para promover a igualdade no acesso aos cuidados médicos no Brasil.