Desafios na infraestrutura

Apesar dos avanços alcançados nos dois primeiros governos de Lula (2003-2010) e de Dilma (2011-2016), mais de 49 milhões de brasileiros ainda vivem em domicílios não conectados à rede de coleta, tampouco dispõem de fossa séptica ou fossa-filtro. Para ampliar o desafio, 4,8 milhões de pessoas continuam sem dispor de água encanada.

Por Rogaciano Medeiros

O novo Censo Demográfico 2022, divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), evidencia o imenso desafio que o governo Lula tem pela frente no plano da infraestrutura do país, para assegurar mais bem-estar à população, como é compromisso da democracia social.

 

Apesar dos avanços alcançados nos dois primeiros governos de Lula (2003-2010) e de Dilma (2011-2016), mais de 49 milhões de brasileiros ainda vivem em domicílios não conectados à rede de coleta, tampouco dispõem de fossa séptica ou fossa-filtro. Para ampliar o desafio, 4,8 milhões de pessoas continuam sem dispor de água encanada.


Conforme o censo, em 2022, no que se refere a esgotamento sanitário, 62,5% da população residiam em moradias conectadas à rede de coleta e 13,2% em endereções servidos por fossa séptica ou fossa-filtro, alternativas consideradas adequadas pelo Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico), totalizando 75,7%, ou seja, 153,1 milhões de brasileiros beneficiados. Dados que revelam evolução, pois em 2010 o percentual era de 64,5% e em 2000 apenas 59,2%.


Pois é, o novo PAC, relançado agora no terceiro governo Lula, tem um longo caminho a percorrer para melhorar a qualidade de vida da população, pois como mostrou o Censo, em 2022 ainda existiam 24,3% da população vivendo em moradias com esgotamento sanitário precário, servidas por fossa rudimentar ou buraco, vala, rio, lago, córrego ou mar.