Após o descaso bolsonarista, comida aos indígenas
A luta indígena no Brasil é muito maior do que a demarcação de terras, o direito à alimentação também faz parte da resistência contra um histórico de negligência e violência. A distribuição de 145 mil cestas básicas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) representa um avanço concreto no combate à fome e no fortalecimento das comunidades originárias, garantindo não apenas sobrevivência, mas dignidade a povos que enfrentam constantes ataques e invasões em seus territórios.
Por Camilly Oliveira
A luta indígena no Brasil é muito maior do que a demarcação de terras, o direito à alimentação também faz parte da resistência contra um histórico de negligência e violência. A distribuição de 145 mil cestas básicas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) representa um avanço concreto no combate à fome e no fortalecimento das comunidades originárias, garantindo não apenas sobrevivência, mas dignidade a povos que enfrentam constantes ataques e invasões em seus territórios.
Das 145 mil cestas, 60.198 foram adquiridas diretamente pela Conab no Plano de Trabalho ADA Nº 6/2024, firmado com o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome). Em outras operações, o órgão também recebeu cestas do próprio Ministério e viabilizou a chegada dos alimentos às comunidades indígenas.
Os kits incluem arroz, feijão, farinha de mandioca, leite em pó e óleo de soja, alimentos cruciais para enfrentar a crise alimentar causada pelo garimpo ilegal e pelo desmonte de políticas públicas no governo Bolsonaro. Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que a mortalidade por desnutrição no Território Yanomami caiu 68%, reflexo direto da retomada de políticas voltadas aos povos originários.