População carente tem de ser o foco da Caixa

Não dá para o banco, único 100% público do país, mudar o foco e se empenhar apenas na modernização do atendimento com foco no digital, excluindo milhões de pessoas do acesso aos serviços da empresa. Para se ter ideia, 120 agências físicas encerraram as atividades no país.

Por Rose Lima

A imensa maioria dos brasileiros precisa da Caixa, independentemente de ser correntista do banco. Seja no financiamento da casa própria, para estudar por meio do Fies, investir na carreira de esportista através do Bolsa Atleta ou ainda ter acesso a políticas públicas de combate à fome, como o Bolsa Família.

 


Não dá para o banco, único 100% público do país, mudar o foco e se empenhar apenas na modernização do atendimento com ênfase no digital, excluindo milhões de pessoas do acesso aos serviços da empresa. Para se ter ideia, 120 agências físicas encerraram as atividades no país.

 


O fechamento das unidades impacta diretamente na economia local e na execução dos programas sociais. O assunto é sério. Inclusive foi motivo de audiência pública na Câmara dos Deputados na semana passada. 

 


A Caixa precisa cumprir sua função social e isso inclui também ampliação dos postos de trabalho, com a convocação dos aprovados no concurso público. Atualmente o banco tem pouco mais de 86 mil empregados para atender 152 milhões de clientes nos quatro cantos do país. 

 


A estrutura física conta com cerca de 55 mil terminais de autoatendimento e conveniência, 4.200 pontos de atendimento, 13 mil Lotéricas, além das agências-caminho e agências-barco. É pouco para a imensidão de brasileiros.