A persistência do racismo é reflexo das estruturas históricas do Brasil, que desde a escravidão normalizam desigualdades e violências. Apesar de avanços, como políticas públicas afirmativas, ainda há resistência em tratar o problema como prioridade nacional. 

Infelizmente não é novidade, que os negros são afetados em inúmeras questões, até mesmo os mais jovens. Estes sofrem com a discriminação no local de trabalho. Mais de 40% já foram excluídos de grupos sociais no ambiente corporativo, equivalente a quatro em cada dez pessoas. 

Os pretos também são minoria nas profissões mais bem pagas e maioria em subempregos, com salários bem menores, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Em 10 ocupações com remunerações altas ocupam apenas 27% do total das vagas. Entre os que pagam menos, os trabalhadores pretos ou pardos são 70%. 

O ultraliberalismo agrava a fome e a pobreza no mundo para enriquecer ainda mais uma parcela diminuta da sociedade. A última década foi particularmente próspera para o 1% mais rico do planeta que aumentaram as riquezas em impressionantes US$ 42 trilhões. O valor equivale a mais de 19 vezes do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, segundo o Banco Mundial.

Mais uma vez, a tradicional Lavagem da Estátua de Zumbi dos Palmares, na 16ª edição, marcou as celebrações Dia da Consciência Negra, nesta quarta-feira (20/11). O tema deste ano foi Em defesa da VIDA da população.