Cresce número de mulheres chefes de família
Além dos empecilhos para ingressar no mercado de trabalho, elas ganham, em média, R$ 3.041,00, metade da remuneração de um homem branco, segundo o Relatório da Transparência do Ministério do Trabalho. Paralelamente, precisam conciliar com as tarefas de casa e os cuidados com os filhos. Tudo isso, sozinha.
Por Rose Lima
Os dados mostram uma realidade cruel para as mulheres, muito embora, à primeira vista, em uma simples leitura pareçam bons. Das 72.522.372 unidades domésticas do Brasil, 49,1% tinham responsáveis pessoas do sexo feminino.
Entre os lares chefiados por elas, um terço ou 10.321.121 era formado apenas por mulheres e filhos. Quer dizer, sem a presença dos pais. Entre os homens, o número despenca para menos de 2 milhões.
A análise da pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente ao Censo de 2022, escancara as barreiras enfrentadas diariamente por milhões de mulheres no Brasil. Embora não escolha raça, as negras são que mais enfrentam dificuldades.
Além dos empecilhos para ingressar no mercado de trabalho, elas ganham, em média, R$ 3.041,00, metade da remuneração de um homem branco, segundo o Relatório da Transparência do Ministério do Trabalho. Paralelamente, precisam conciliar com as tarefas de casa e os cuidados com os filhos. Tudo isso, sozinha.