Reconstrução da mama é passo importante

Se a cirurgia não for feita de forma imediata (viável em até 90% dos casos), a política de acesso se dá através do âmbito municipal ou estadual. Além do SUS, a ANS (Agência Nacional de Saúde) obriga os planos de saúde a oferecerem cobertura do procedimento após realização de mastectomia.

Por Renata Andrade

Enfrentar a batalha do câncer de mama, lidar com as consequências emocionais e estéticas mesmo após a cura, não é nada fácil. Geralmente, o tratamento oncológico inclui a cirurgia de mastectomia para remoção parcial ou total da mama. Cirurgiões plásticos destacam que hoje é possível preservar o mamilo em condições favoráveis em algumas mulheres, caso a região não tenha sido acometida pela doença. 

 


Além disto, o procedimento é utilizado como prevenção quando há detecção de riscos importantes de desenvolvimento da neoplasia. Para ajudar na autoestima e saúde mental da paciente, a reconstrução mamária se mostra etapa fundamental depois da mastectomia para remoção do tumor ou preventiva. 

 


A cirurgia melhora a parte estética, pois recupera o contorno das mamas. Na rede pública, a mulher tem acesso nos hospitais públicos ou centros especializados conveniados que estejam habilitados para fazer a reconstrução mamária. 

 


Se a cirurgia não for feita de forma imediata (viável em até 90% dos casos), a política de acesso se dá através do âmbito municipal ou estadual. Além do SUS, a ANS (Agência Nacional de Saúde) obriga os planos de saúde a oferecerem cobertura do procedimento após realização de mastectomia.


Dificuldade
Apesar de a cirurgia plástica de reconstrução das mamas ser direito constitucional e fazer parte do tratamento do câncer de mama, ainda há dificuldade.

 


Cerca de 20 mil mulheres estão na fila aguardando para fazer a cirurgia plástica de reconstrução das mamas. A demora se deve pela falta de profissionais capacitados e centros especializados, além da falta de próteses e de informação sobre os direitos, segundo o Ministério da Saúde.