Sem acordo. Financiários negam propostas rebaixadas

A 10ª negociação entre o Coletivo Nacional dos Financiários e a Fenacrefi (Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) terminou sem acordo. O dia foi extremamente cansativo e frustrante. As empresas desrespeitam a categoria e apresentam novamente propostas rebaixadas. 
 

Foram duas propostas que não correspondiam à expectativa dos financiários, que lutam por aumento real e melhores condições de trabalho. Primeiramente, a Fenacrefi propôs aplicação, de forma linear, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor nos próximos dois anos. Para o período de julho de 2023 a junho de 2024, o índice registrado foi de 3,34%, e o índice para 2025 seria o INPC linear. Também queria mudar a regra da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o que representaria um prejuízo aos trabalhadores.
 

Depois a Federação propôs um reajuste salarial de 3,5% para este ano, ou seja, somente 0,15% de aumento real. Para 2025, a proposta permanece com o INPC linear. Em relação à PLR, nenhuma alteração. 
 

O diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, explicou que as duas propostas foram prontamente negadas na mesa, já que representam alteração dos direitos e perdas aos funcionários. 
 

Não dá para aceitar um índice tão pífio para 2024 e nenhuma perspectiva para 2025. Dados do Dieese revelam que, até julho deste ano, 8.809 acordos foram fechados, dos quais 86% garantiram índices acima do INPC, ou seja, com aumento real. Portanto, as empresas podem mais e os trabalhadores merecem ser valorizados. A reunião terminou sem agendamento para uma nova negociação.