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Personalidades cubanas- Raul Castro 2

No artigo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ, Álvaro Gomes, continua com os relatos sobre as principais personalidades de Cuba.

Raul Castro não se tornou presidente de Cuba por ser irmão de Fidel, mas porque foi revolucionário estratégico para a vitória da revolução cubana. Segundo Leonov (2015), Raul nunca aspirou ser dirigente do Estado ou do Partido. Acolheu a liderança de Fidel como natural e sempre destacou a sua importância para o processo revolucionário. Os dois formaram uma dupla inseparável.


Fidel tinha total confiança no irmão e ressaltava que caso houvesse algum problema que resultasse na sua ausência, o substituto deveria ser Raul. Em 2005e reafirmou isto, segundo Nicolai Leonov (2015). Ele tinha esta convicção por ter vivido todo o processo revolucionário ao lado dele, sabia das qualidades que tinha, da dedicação às causas sociais. Eles eram filhos de um casal muito rico, mas abraçaram a luta contra a opressão e exploração. Depois da revolução, a reforma agrária começou nas terras dos seus pais.


Observa-se, portanto, que as funções ocupadas por Raul foram determinadas pelo compromisso com o socialismo, com as causas dos mais necessitados, por um sonho que ele tinha de viver numa sociedade mais igual. Não se conformava em ser rico e ter uma multidão de famintos e excluídos ao seu redor. Assim, Raul foi presidente de Cuba e assumiu diversas tarefas estratégicas.


Em 16 de outubro de 1959 foi nomeado chefe do novo Ministério das Forças Armadas Revolucionárias, função que ficou por 49 anos. Em julho de 2006 assumiu o comando do país, em função de problemas de saúde de Fidel. Em 24/02/2008 foi eleito presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros pela Assembleia Nacional do Poder Popular. Em 2013, reeleito.


Raul foi presidente de Cuba e realizou mudanças de acordo com as necessidades do momento. Fez dois mandatos e assim será com os sucessores. Ocupou várias funções e responsabilidades com competência e sabedoria, presidiu o país não por ser irmão de Fidel, mas por ter sido o último comandante da revolução no momento e um grande revolucionário. 


Agora, a Ilha da resistência está entregue a novas gerações, cuja esperança de Raul é de que os princípios de justiça social e da dignidade humana sejam mantidos. Deseja ser enterrado junto a sua esposa, a revolucionária Vilma Espín Guillois e outros combatentes, na Sierra Maestre, em Santiago de Cuba, onde a revolução começou.


*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ