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Apoio social e à saúde cubana

No artigo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ, Álvaro Gomes, aborda o fato de Cuba ser exemplo para o mundo na área de saúde, em função da política definida.

Cuba é um exemplo para o mundo na área de saúde, em função da política definida com este objetivo. A população tem acesso a hospitais, clínicas, profissionais de saúde e também um forte suporte social, que cuida das pessoas e viabiliza condições objetivas e subjetivas que interferem positivamente nos indicadores, como a expectativa de vida e a baixa mortalidade infantil.

 


Miguel Perara e Marilin de la Veja, no livro Apoyo Social: su significación para la Salud Humana (1999), destaca que o apoio social opera nas diversas formas sobre o bem-estar e a saúde humana, desde uma ótica objetiva, mediante estimulação de comportamento saudável e a viabilização para acessibilidade   às instituições de saúde, até uma visão mais subjetiva em que a autoestima se traduz em um ótimo funcionamento dos sistemas endócrino e imunológico, onde o indivíduo fica menos vulnerável às enfermidades.

 


A política cubana depois da revolução em 1958 foi de construir uma sociedade onde todos pudessem desfrutar do trabalho coletivo e a saúde foi colocada como prioridade. Antes da revolução socialista, o país tinha cerca de 6 mil médicos, 3 mil fugiram para os Estados Unidos, ficaram apenas 3 mil. Em 1975 já eram 9.328 médicos; em 1991, aumentou para 42 634, e em 2021 o número chegou a 106 131. 

 


A prioridade fez com que o país possua indicadores comparáveis a países poderosos economicamente. A expectativa de vida em Cuba é de 79 anos, igual à dos Estados Unidos e maior do que a do Brasil, 76 anos (Wikipédia). Importante frisar que os EUA é o país mais rico do mundo e pratica uma perseguição a Cuba desde 1961, causando um prejuízo de bilhões de dólares e atingindo a população, com um bloqueio econômico condenado pelo mundo inteiro.


Já a mortalidade infantil, em 2019, a taxa era de 5,0/1.000 nascimentos, em 2021 aumentou para 7,6/1000, (Anuário Estadístico de Salud-2021-CUBA), um dado preocupante, mas ainda é uma das mais baixas do mundo. No Brasil, a taxa em 2019 foi de 13,3/1000. O problema pode ser explicado pelas dificuldades na economia, considerando que é um dos países mais pobres do planeta do ponto de vista econômico e enfrenta a maior potência econômica e militar do mundo - os Estados Unidos.


*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ