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Selic alta - inflação controlada - desserviço ao país

No artigo, diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e do Dieese, Amarildo Menezes, aborda os prejuízos da Selic alta para o país.

O COPOM resolveu recentemente manter a SELIC em 10,5%, essa atitude indica uma política monetária mais restritiva que vem sendo adotada pelo Banco Central.

 

 

Essa alta taxa de juros tem vários impactos no crescimento econômico do País e não é justificável, uma vez que a inflação encontra-se controlada.

 


O custo para tomar empréstimos aumenta, o que pode desincentivar o consumo e o investimento tanto de empresas quanto de consumidores.

 


As Empresas podem adiar ou cancelar projetos de investimento devido ao custo mais elevado do crédito, o que pode afetar o crescimento e a inovação.
Essa taxa exorbitante da SELIC  leva às famílias a reduzirem seus consumos, já que o custo de financiamento de bens e serviços aumenta.

 


A alta na SELIC é frequentemente usada para controlar a inflação. Uma taxa mais alta pode ajudar a reduzir a inflação, mas também pode desacelerar o crescimento econômico se a inflação estiver sob controle, caso do Brasil que a inflação está controlada.

 


Os Juros mais altos podem até atrair investimentos estrangeiros, o que pode fortalecer a moeda local. Embora isso possa ajudar a controlar a inflação, também pode tornar as exportações mais caras e reduzir a competitividade internacional.

 


Em síntese, uma SELIC elevada tende a desacelerar o crescimento econômico, ainda mais quando se tem uma inflação abaixo de 4,5% o que só justificaria uma SElIC de dois pontos percentuais acima, como sempre foi.

 


Resta saber o que está por trás dessa insistência do COPOM em manter a SELIC em alta dificultando o crescimento do País. Essa resposta virá mais cedo ou mais tarde e certamente não é excesso de zelo pelo País. 

 


Fiquemos atentos e nos unamos para juntos lutarmos para pressionar o BC para que reduza a SELIC e o País cresça e galgue uma melhor posição na economia mundial.

 


* Amarildo Menezes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e do Dieese