Tecnologia maximiza a lucratividade dos bancos

Enquanto demitem milhares de pais e mães de famílias e fecham agências em todo o país, os bancos investem pesado na automatização, com softwares poderosos. O objetivo? Economizar com mão de obra, transferir os serviços aos clientes para aumentar ainda mais os lucros.

Em 2018, o investimento em tecnologia - principalmente inteligência artificial - chegou em R$ 19,6 bilhões, alta de 3% na comparação com 2017. Destaque para o software, R$ 10,1 bilhões. Já as agências físicas fazem o caminho inverso. No período, houve redução de 200 unidades, totalizando 21,6 mil em todo território nacional. Os dados incluem ainda as agências digitais. 

O quadro de pessoal também despenca, ao contrário da carteira de clientes. Na década de 90, as empresas tinham quase 1 milhão de empregados. Hoje são pouco menos de 500 mil. O redirecionamento do investimento para a tecnologia e a queda brusca no número de bancários comprometem o atendimento humanizado e muita gente, atraída pela falsa facilidade, migra para outros meios nem sempre seguros.

No ano passado, foram abertas 2,5 milhões de contas por meio do celular. No período, foram realizados 2,5 bilhões de pagamentos de contas e transferências.

Os dados da Febraban (Federação Brasileiros dos Bancos) apontam que para cada 10 transações bancárias realizadas no país, seis são feitas por meio do internet banking ou celular.