Greves crescem 6%. Foco nos direitos 

O ano de 2023 foi encerrado com 1.132 greves, aumento de 6% em relação a 2022. Ao todo, foram 42 mil horas paradas. No setor público (funcionalismo e empresas estatais), houve 628 movimentos paredistas (55,5% do total), já na esfera privada, 488 (43,1%). Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Por Ana Beatriz Leal

Após o processo de afrouxamento das normas do mundo do trabalho, muito em função da reforma trabalhista e do desmonte do serviço público, resultado dos governos ultraliberais de Temer e Bolsonaro, os trabalhadores enfrentaram nos últimos anos precarização e retirada de direitos. Para mudar a realidade, as greves têm sido utilizadas por muitas categorias para revisão das conquistas. 


O ano de 2023 foi encerrado com 1.132 greves, aumento de 6% em relação a 2022. Ao todo, foram 42 mil horas paradas. No setor público (funcionalismo e empresas estatais), houve 628 movimentos paredistas (55,5% do total), já na esfera privada, 488 (43,1%). Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).


No que trata das mobilizações, grande parte, ou 637 greves (56,3%), terminou no mesmo dia. Outras 279 (24,6%) duraram entre dois e cinco dias, enquanto 12% delas se estenderam por mais de 10 dias.


Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial (40,3%), cumprimento do piso salarial (26,7%), pagamento de salários em atraso (21,7%), condições de trabalho (20,9%), alimentação (18,4%), melhoria dos serviços públicos (17,4%) e Plano de Cargos e Salários (14,7%).