Combater a fome e a usura dos super-ricos 

Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) mostram que o número de pessoas passando fome ao redor do planeta aumentou em mais de 152 milhões desde 2019.  Ou seja, 9% da população mundial (733 milhões de pessoas) estão subnutridas. 

Por Ana Beatriz Leal

O combate à fome e às desigualdades sociais em todo o mundo é um dos desafios das nações. É dever do Estado implementar políticas públicas para eliminar a pobreza, um mal que demoraria 230 anos para ser erradicado do planeta, que em 10 anos deve ter o primeiro trilionário. Uma contradição inaceitável. 


 

Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) mostram que o número de pessoas passando fome ao redor do planeta aumentou em mais de 152 milhões desde 2019.  Ou seja, 9% da população mundial (733 milhões de pessoas) estão subnutridas. 
 

 

No Brasil, se destaca a importância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que será lançada oficialmente durante a Cúpula do G20. O país tem avançado neste quesito. Em 2023, o governo federal retirou 24 milhões e 400 mil pessoas da condição de insegurança alimentar severa. Prova do valor da democracia social. 


 

Apesar dos esforços, como diria Carlos Drummond de Andrade, “no meio do caminho tinha uma pedra”. O crescimento exponencial das grandes fortunas e política de tributação dos bilionários contrasta com a realidade da imensa maioria da população. 
 

 

Enquanto a fortuna dos cinco principais bilionários mais do que dobrou desde o início da década, 60% da humanidade ficou mais pobre. Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos do que os trabalhadores. A taxação das grandes fortunas precisa sair do papel para acabar com as desigualdades. Para ontem.