A exclusão feminina na promoção de carreira

De acordo com o estudo "Aldeias do Cuidado", realizado pelo ateliê de pesquisa Apoema em parceria com a MindMiners e a consultoria Maternidade nas Empresas, 54% das mulheres que se tornaram mães afirmam não terem recebido promoção. No caso dos homens, o índice é 48%. Além disto, 42% delas relataram perder oportunidades de carreira, enquanto somente 27% dos pais tiveram essa percepção. 

Por Ana Beatriz Leal

A ideia de que a maternidade é sinônimo de abandono da carreira é uma das problemáticas que ainda está impregnada na sociedade patriarcal, que insiste em barrar o pleno desenvolvimento profissional feminino. Mas, embora muitas mulheres busquem se consolidar no mercado, o ambiente corporativo nem sempre acompanha a mudança. 


De acordo com o estudo "Aldeias do Cuidado", realizado pelo ateliê de pesquisa Apoema em parceria com a MindMiners e a consultoria Maternidade nas Empresas, 54% das mulheres que se tornaram mães afirmam não terem recebido promoção. No caso dos homens, o índice é 48%. Além disto, 42% delas relataram perder oportunidades de carreira, enquanto somente 27% dos pais tiveram essa percepção. 


Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também refletem o preconceito enraizado no mercado de trabalho. Em 2022, apenas metade das mulheres com filhos pequenos estava empregada com carteira assinada, enquanto o percentual entre aquelas que não eram mães chegava a 66%. No caso dos homens, 89% dos que tinham crianças de até seis anos estavam empregados.