Sindicato protesta mudança de horário no Santander

Sem o mínimo dialogo com funcionários e as entidades que os representam, o Santander alterou o horário de atendimento gerencial. Por isso, nesta sexta-feira (24/01), foi realizado o Dia Nacional de Mobilização no banco, contra as alterações impostas pela empresa. O Sindicato dos Bancários da Bahia esteve na agência do Iguatemi para denunciar as mudanças prejudiciais aos bancários.


Sem contratar novos funcionários, o banco quer somente aumentar a sobrecarga dos trabalhadores, que ainda sofrem com o medo das demissões. O diretor do Sindicato, Adelmo Andrade, denunciou as falas insistentes do presidente do Santander, Sergio Rial, de incentivo ao batimento de metas e à venda de produtos. Os bancários são constantemente constrangidos e coagidos a dar resultados positivos com o único objetivo de enriquecer os cofres da organização.


As mudanças do Santander acontecem em meio à MP 905, que altera em mais de 80 itens a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A medida revoga, inclusive, o artigo que determina a jornada de trabalho do bancário de 6 horas diárias. 


O presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos, alertou que com a Medida Provisória, os bancários correm o risco de perda de direitos, como a PLR, que deixaria de ser negociada com a representação da categoria. Vale lembrar que os trabalhadores ainda não estão sofrendo os impactos da MP graças aos esforços dos sindicatos e federações que conseguiram barrar temporariamente os efeitos da matéria.


Outra pauta importante que o Santander tem negligenciado é a segurança dos bancários e clientes. O diretor da Feeb (Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe) José Antonio dos Santos, manifestou que o banco espanhol tem retirado as portas giratórias, além de vigilantes, das agências e transformou as unidades em PA (Posto de Atendimento).