COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
QUALQUER CUSTO
A omissão de Bolsonaro na pandemia, com mais de 700 mil mortes, o liberou geral das armas, as fake news, o fim das políticas públicas, o desmatamento, o desemprego, a fome desesperadora e agora as enchentes no Rio Grande do Sul fazem parte do mesmo projeto político: ultraliberalismo fascinazista. Desprezo à vida, ao ser humano, ao meio ambiente. O lucro a qualquer custo.
EFEITO COLATERAL
É cristalino, o vínculo doloso da agenda ultraliberal, que usa a liberdade de expressão para cometer crimes, mata indígenas e ambientalistas, nega ajuda do Estado aos mais pobres, trata a economia só como meio de ampliação do lucro dos mais ricos, vive a reclamar flexibilização dos direitos trabalhistas e ambientais, com as enchentes no Rio Grande Sul. Óbvio ululante. Na cara.
COM VERACIDADE
Duas destacadas declarações sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. “Porto Alegre foi um laboratório avançado das políticas neoliberais que deram errado no mundo inteiro”, diz o jornalista Jeferson Miola. “Sebastião Melo (prefeito) e Eduardo Leite (governador) precisam ser presos e responsabilizados”, afirma a filósofa Marcia Tiburi. Ambas verdadeiras.
NOVOS TEMPOS
A reclamação do comandante do Exército, general Tomás Paiva, ao Globo, de que “essas postagens falsas são abomináveis e atrapalham o trabalho. As pessoas que disseminam fake news estão prejudicando aqueles que estão ajudando, salvando vidas”, se referindo ao Rio Grande do Sul, é mais uma a reforçar a brisa legalista, republicana, que hoje areja a caserna.
PELA CIVILIDADE
Diante da forte indignação popular com as desinformações espalhadas pela extrema direita sobre a tragédia do Rio Grande do Sul, o momento parece propício para uma ampla campanha de prevenção e combate às fake news. Criar um consenso nacional capaz de resgatar o respeito às leis, à realidade dos fatos, à diversidade, fatores essenciais à vida em sociedade.