COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
RISCO FASCINAZISTA
Justamente por se pautar no respeito à universalização, à diversidade, ao contraditório, nas garantias individuais e no devido processo legal, a democracia é um modo de governo complexo e frágil. Permitir o uso da religião para fins políticos e, mais grave, em defesa de projetos autoritários, a desequilibra e adoece, mortalmente. É subestimar os perigos fascinazistas.
GRAVE NEGLIGÊNCIA
“O que temos visto nos últimos anos é que uma parte das igrejas evangélicas atua, de forma cada vez mais escancarada, na organização de atividades políticas, e suas sedes estão se transformando em verdadeiros diretórios partidários”. A opinião da advogada eleitoral Stella Bruna Santo expõe um grave problema que tem sido negligenciado e exige providência urgente.
PELA CONSTITUIÇÃO
Com todo respeito às crenças de cada um, mas em nome da Constituição - vontade da maioria -, é preponderante um esforço nacional para enquadrar legalmente os crimes eleitorais e de outra natureza cometidos por igrejas evangélicas que, criminosamente, têm transformado a fé em meio para enriquecimento ilícito e efetivação de um projeto de poder nada democrático.
VAI TARDE
É o típico caso daquele ditado popular: “Já vai tarde”. Às vésperas de deixar a presidência do Banco Central, o que, infelizmente, só ocorre em dezembro, o bolsonarista Roberto Campos Neto intensifica a sabotagem contra a democracia social. Que Lula resista à pressão do mercado e indique um nome que não seja ultraliberal raiz e tenha o mínimo de responsabilidade social.
SE ESPALHANDO
Tudo bem que o imperialismo e o sionismo têm dinheiro, poder, controlam as Forças Armadas nas tais “democracias burguesas” e nunca hesitam em reprimir violentamente os opositores. Mas, há causas que perdem o controle. Como agora, quando a defesa dos palestinos, vítimas de genocídio por Israel, se espalha pelos EUA e Europa. As prisões não vão barrar o movimento.