Pressão dá certo. CA da Caixa adia decisão sobre Lotéricas 

O caso veio a público graças à denúncia do conselheiro Antônio Bastos Messias, representante dos empregados no CA. O entendimento é de que o repasse das operações seja o primeiro passo para a venda da instituição financeira, um desejo dos parlamentares comprometidos com o grande capital, inclusive do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Por Rose Lima

A pressão dos empregados da Caixa e dos sindicatos contra a privatização das Lotéricas repercute positivamente. O Conselho de Administração não conseguiu aprovar a transferência das operações para a empresa subsidiária. A decisão foi adiada depois de grande impacto negativo.


O caso veio a público graças à denúncia do conselheiro Antônio Bastos Messias, representante dos empregados no CA. O entendimento é de que o repasse das operações seja o primeiro passo para a venda da instituição financeira, um desejo dos parlamentares comprometidos com o grande capital, inclusive do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).


Não para por aí. A medida, se saísse do papel, colocaria em risco o papel social do único banco 100% público do país, uma vez que os recursos hoje captados com as apostas iriam para as mãos da empresa terceira e não mais utilizados para políticas públicas que atendem ao povo brasileiro.


Para se ter ideia, no ano passado, dos R$ 23,4 bilhões arrecadados com as Loterias, R$ 9,2 bilhões foram para destinação social. O movimento sindical lembra que a sociedade é a maior acionista da Caixa e a tentativa de privatizar qualquer setor da empresa é um atentado aos interesses da nação.