Um passo para privatização da Caixa Seguridade

A direção da Caixa acelera o desmonte do único banco 100% público do país. A alta cúpula da empresa aproveitou o Carnaval para protocolar, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a oferta pública inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade. A oferta estimada é de R$ 15 bilhões. 


Basicamente, o IPO é a abertura de capital de uma empresa. É quando, pela primeira vez, ela vende parte das ações na Bolsa de Valores. A iniciativa prejudica toda a nação. Apenas os investidores são ganhando, principalmente o sistema financeiro privado. 


Um bom exemplo a ser lembrado é do BB Seguridade. Em 2017, o então presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, reconheceu como um erro a abertura de capital em 2013. Segundo ele, "a venda trouxe um bom dinheiro, mas reduziu a fatia das receitas". Na ocasião, destacou que os bancos devem evitar vender suas atividades principais. 


Tem mais, ao vender as subsidiárias, a Caixa perde, além de autonomia, recursos que deveriam ser usados em políticas públicas que atendam a parcela da população mais carente, garantindo assim a redução da desigualdade social e o desenvolvimento do país. 


Importante destacar que somente no ano passado foram vendidos R$ 15 bilhões de ativos da instituição financeira.