Lucro dos privados aumenta às custas de dívidas
No Brasil, enquanto milhões de pessoas sem emprego, sem renda e atoladas de dívidas voltam à miséria, o sistema financeiro vai muito bem. A farra dos bancos é tão boa que o Itaú, Santander e Bradesco lucraram R$ 68,8 bilhões no ano passado. Expansão de 15,25% na comparação com os R$ 59,695 bilhões de 2018. No quarto trimestre, o lucro foi de R$ 17,667 bilhões, aumento de 12,44%.
Boa parte do resultado é proveniente das tarifas de serviços e dos juros cobrados aos mais de 63 milhões de endividados. Os números não deixam mentir. No Itaú, os empréstimos tiveram crescimento de 10,9% em 2019. Aumento também no Bradesco, de 13,8%. O Santander não fica para trás, com elevação de 15,3%.
Com o cenário ruim diante da política ultraliberal do governo Bolsonaro, que achata os salários, retira direitos, mantém o desemprego nas alturas, acaba com os programas sociais e eleva o custo de vida, os bancos esperam ampliar ainda mais o lucro com o aumento da carteira de crédito.
Na Itaú, a expectativa de crescimento é de 8,5% a 11,5% neste ano. O Bradesco está mais otimista. A projeção de alta fica entre 9% e 13%. Já o espanhol Santander espera elevar 10% até 2022.