Bancos elevam os juros aos clientes. Abuso

Não é novidade a ganância dos bancos (até setembro do ano passado arrecadaram mais de R$ 70 bilhões) em detrimento dos empregados e dos clientes. Nem a queda da taxa básica de juros, a Selic, freou as instituições em relação ao aumento no custo das operações de crédito aos correntistas. 


Em 2019, a Selic caiu de 6,5% para 4,5% ao ano. Retração de 2 pontos percentuais. Já o spread bancário, que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes, apresentou alta de 1,4 ponto percentual. Passou de 17 pontos percentuais para 18,4 pontos percentuais, segundo o Banco Central.
 

Além disso, a taxa média de juros, considerando os empréstimos a pessoas e empresas, caiu 0,2 ponto percentual. De 23,2% para 23%. A queda foi menor do que a redução da Selic. Ou seja, os bancos ampliaram os ganhos.
 

Para justificar o aumento do spread no Brasil, os banqueiros falam nos altos custos que afetam o setor. Piada, pois a Selic está em queda, a inadimplência, as despesas administrativas e despesas de pessoal também. É só o lucro pelo lucro. Injustificável.