Governo acelera a privatização dos bancos públicos 

Como parte do projeto de entreguismo de Bolsonaro, os bancos públicos terão os ativos liquidados ao final de 2020. Só no primeiro semestre deste ano, a Caixa o BB e o BNDES devem vender o volume superior a R$ 60 bilhões. O valor corresponde a mais de um terço da estimativa do governo com as privatizações, que fica próximo de R$ 150 bilhões.


A venda de partes das ações dos bancos públicos enfraquece o poder de decisão do governo na economia do país. No ano passado, os três bancos públicos venderam R$ 36,5 bilhões em ativos.  Com isso, as instituições, que pertencem ao povo brasileiro, perdem a força que impulsiona a economia do país, deixando a cargo das empresas privadas, muitas vezes controladas por estrangeiros. 


Só a Caixa vendeu cerca de R$ 26 bilhões, incluindo as participações do FI-FGTS. E para o presidente do banco, Pedro Guimarães, aliado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o foco é entregar um número "muito maior". Ou seja, é realmente colocar à venda o patrimônio do Brasil.  


No mesmo caminho da privatização, segue o BNDES que busca reduzir a carteira de renda variável, de mais de R$ 100 bilhões. O banco pretende liquidar as ações no Brasil e nos Estados Unidos. Até mesmo os títulos que dão direito a voto na Petrobras serão ofertados. A atitude representa a entrega de bandeja do controle econômico brasileiro a quem possa comprar.