Trabalho intermitente paga menos do que o mínimo 

O contrato de trabalho intermitente, previsto na reforma trabalhista, ao contrário do que prometeu o governo Temer, não criou milhões de empregos. Muito pelo contrário, legalizou a precarização e a informalidade no mercado de trabalho.


Em média, o trabalho intermitente dura cerca de três meses. De acordo com o Dieese, ao final de 2018, a remuneração ficou em torno de R$ 763,00, quase R$ 200,00 abaixo do salário mínimo vigente à época, de R$ 954,00. A falta de segurança financeira, atrelada ao valor baixo, o empregado fica impossibilitado de contribuir para a Previdência, tornando a aposentadoria ainda mais distante.


O trabalho intermitente, aprovado por lei em 2017, é um tipo de vínculo formal em que o trabalhador fica à disposição da empresa, aguardando, sem remuneração, ser chamado.


A modalidade não trouxe nada de positivo. Um em cada 10 trabalhadores com esse tipo de contrato não teve nenhuma atividade laboral durante o ano. Ou seja, nada de salário.