Valorização dos empregados da Caixa na pauta

A CEE (Comissão Executiva dos Empregados) questionou, na negociação desta quarta-feira (15/01), a direção da Caixa sobre o modelo apresentado de reestruturação na rede aos superintendentes em dezembro, sem a discussão prévia com a representação dos trabalhadores sobre os impactos do processo na vida funcional, em desacordo com a cláusula 48 do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).


É grande a preocupação de muitos bancários que ocupam funções que, de acordo com o modelo apresentado, são mais afetadas, incluindo algumas em que há a previsão de extinção, como a de Gerente GOV/Social e Tesoureiro. 


A Caixa argumentou que existe necessidade de mudança, mas que não havia nada definido. Para o banco, o processo é necessário para adequar a estrutura ao novo modelo que a direção da empresa propõe. 


Outra pauta debatida foi o fim das funções por minuto como forma de realizar o provimento ordinário das funções de caixa, tesoureiro e avaliador. O banco respondeu que não tem perspectiva de retorno da nomeação efetiva para as funções de caixa e de tesoureiro.


O modelo de PSI (Processo de Seleção Interna) foi alvo de protesto, já que prevê o uso da GDP como parâmetro, pois exclui os empregados que retornam de licença médica e maternidade.


A Caixa disse que no caso de empregadas em licença maternidade seria facultado a utilização da nota do ciclo anterior. Em relação aos empregados que retornam de licenças médicas, a avaliação seria feita caso a caso. 


Quando questionado sobre quando o resultado da GDP seria conhecido, o banco respondeu que seria a partir da divulgação do balanço, cuja previsão é abril. A Caixa insiste que a GDP é item estratégico, dizendo que será mantida, mesmo a CEE cobrando o fim. 


Sobre bônus e jornada

A CEE cobrou o fim do bônus Caixa no modelo proposto ou extensão para todos os bancários. Isso poque reduz o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O banco no entanto, afirma que o mecanismo é aplicado de acordo com a estratégia da empresa, e direcionado a determinadas funções.


A comissão exigiu o pagamento das horas extras dos gerentes gerais e o fim de jornadas que extrapolem as 44 horas semanais. Segundo a Caixa, não haverá o controle. Os bancários solicitaram que a saúde dos trabalhadores tema de novas reuniões, a fim de que sejam definidos parmetros para os gerentes gerais, visando garantir condições de trabalho adequadas.