Racismo estrutural ainda é velado no Brasil 

Para quem ainda acha que falar de trabalho análogo à escravidão e de discriminação por conta da cor da pele no Brasil em pleno século XXI é balela, precisa acompanhar os dados. Entre 2016 e 2018, cerca de 2.481 trabalhadores foram resgatados do trabalho escravo no país. A cada cinco, quatro são negros ou pardos. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


A falta de instrução é o maior complicador para os trabalhadores que se submetem às situações análogas à escravidão. Enquanto deveriam estar estudando, os jovens com idade entre 15 e 29 anos (40%) estão nas ruas se virando nos trinta para ajudar os pais no sustento do lar. Dos 12,8 milhões de desempregados, 64,3%, ou 8,2 milhões, são pretos ou pardos. Na Bahia, índice é de 63,7%.