Em nota, jornalistas repudiam venda da EBC

O Brasil está vivendo um cenário caótico. Atacar os direitos trabalhistas e reduzir investimentos em áreas fundamentais, como educação, parecem pouco para o governo Bolsonaro. Nada sobra. Agora, é a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) que entra na mira de venda.


Em nota de repúdio à inclusão da EBC no programa de privatização, as entidades de jornalismo do país afirmam que a venda é "um ataque ao direito à informação da sociedade brasileira" e tem caráter inconstitucional, já que a própria Constituição Federal prevê, no artigo 223, a existência e a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal de comunicação.


O documento ainda critica o governo quanto à informação de que a estatal estaria com problemas financeiros, afirmando que a empresa "nunca foi criada para ser autossuficiente, como nenhuma corporação da mídia pública o é". 


Sem falar que o orçamento da EBC é baixíssimo, tendo registro de R$ 600 milhões anuais nos últimos anos. O comunicado encerra ressaltando a importância da empresa para a sociedade e considerando a venda da EBC como um desrespeito à Constituição e uma redução da transparência do Poder Executivo.