COE Mercantil cobra respostas sobre demissões

É cada vez mais comum os bancos realizarem reestruturação para reduzir o quadro de pessoal. Agora, foi o Mercantil do Brasil. De forma cruel, a empresa desligou dezenas de funcionários durante o expediente e atendimento bancário.


Diante do abuso, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) cobrou do banco, em reunião segunda-feira (18/11), o cancelamento dos desligamentos dos trabalhadores com problemas de saúde e estabilidade provisória.


O Mercantil ressaltou que as demissões estão encerradas até segunda ordem. O banco alega que terminará 2019 com o mesmo quadro de bancários que tinha em 2018, ou seja, 2.968 funcionários. 


A direção da empresa afirmou que não fechará nenhuma agência e que planeja abrir novos postos de atendimento, por ter vencido o leilão do INSS para atendimento aos beneficiários. Também anunciou o cancelamento da demissão de um trabalhador que apresentou atestado médico posterior e que vai aguardar posicionamento do INSS para o reenquadramento do bancário.


Programa próprio de PLR
Também foi debatido o programa próprio de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para 2020. A COE cobrou ainda que no pagamento de PLR 2020 sejam utilizados o salário base dos bancários e as verbas fixas mensais de natureza salarial, incluindo o valor do adicional por tempo de serviço, como aconteceu no acordo de 2019. 


Os empregados não querem que o banco utilize o programa próprio de PLR para gerar cobranças abusivas sobre os funcionários. Na ocasião, a direção do Mercantil apontou que o lucro acumulado no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 80 milhões.