Com crise, informalidade dispara no Brasil

O governo se mostra incapaz de colocar em prática um projeto que garanta a retomada do crescimento econômico brasileiro. O que se apresenta é uma agenda ultraliberal, com arrocho para o cidadão e benesses para o mercado e as elites.


Sem perspectivas de melhora, o sonho de conseguir trabalho formal fica cada dia mais distante para milhões de pessoas que recorrem à informalidade para, ao menos, sobreviver. No ano passado, o número de trabalhadores informais chegou a marca dos 38,294 milhões, o maior volume em sete anos.


Se a informalidade dispara, o mesmo não se pode dizer da geração de empregos com carteira assinada, estagnada há muito tempo, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O país tinha, no fim do ano passado, 54 milhões de trabalhadores formais. Menor do que os 55,366 milhões registrados em 2016, antes do golpe jurídico-midiático-parlamentar.


Na avaliação do IBGE, a informalidade ainda tende a piorar diante da agenda ultraliberal, que afrouxa a legislação para as empresas e deixa o trabalhador sem direito, completamente descoberto. Um cenário muito diferente de alguns anos. Para se ter ideia, entre 2003 e 2014, mais de 4,4 milhões de pessoas ingressaram no mercado de trabalho formal.