Mercado de trabalho é mais cruel para o negro

O Brasil está longe de acabar com a discriminação racial. Todas as pesquisas mostram. O trabalhador negro enfrenta mais dificuldade de encontrar um emprego do que o branco e, quando consegue, encontra barreiras no quesito salário, normalmente menor, e na promoção. Mesmo que tenha a mesma qualificação do que outro trabalhador branco.


A diferença na remuneração chega a 31%, aponta pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A renda média domiciliar dos pretos ou pardos não passou dos R$ 934,00 em 2018, metade do que era recebido pelos brancos, de R$ 1.846,00.


Outra pesquisa, do Instituto Ethos, mostra uma realidade muito cruel. Apenas 34% dos funcionários das maiores empresas do país são negros. O índice despenca para menos de 10% quando são analisadas os cargos mais altos. A situação é ainda pior no caso das mulheres negras.