Quase 40 milhões estão na informalidade no país

O Brasil tem 12,5 milhões de desempregados. O número é ligeiramente menor ao verificado em agosto (12,6 milhões). Mas, engana-se quem pensa que a melhora se deve a retomada da geração de empregos formais. A verdade é que, sem perspectivas e cansadas de esperar por uma chance no mercado de trabalho, milhares de pessoas recorrem à informalidade.


Quase 40 milhões de trabalhadores estão atuando sem carteira assinada no Brasil atual. Um novo recorde, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quinta-feira (31/10). 


Quer dizer, da força total de trabalho do país, estimada em 105 milhões de brasileiros, 41,4% estão inseridas no mercado de trabalho sem proteção social porque não contribuem para a Previdência. Também não têm direitos como férias e 13º salário.


Outro grupo que apresentou alta foi o de pessoas que trabalham por conta, 24,3 milhões. Não é só isso. Segundo o IBGE, o país tem atualmente 4,7 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego - desalentados.  


A situação é muito ruim. Mas o governo Bolsonaro consegue piorar com as mudanças na regra para aposentadoria, mais flexibilização das leis do trabalho e, para completar, a reforma sindical, deixando o trabalhador ainda mais vulnerável e desprotegido.