Comando discute defesa dos bancos públicos 

Como as ameaças aos direitos dos trabalhadores não param de aumentar no governo Bolsonaro, só com união e resistência os ataques podem ser barrados. Para discutir conjuntura, estratégias para defender os bancos públicos, na mira para serem privatizados, e reforma sindical, o Comando Nacional dos Bancários se reuniu na manhã desta terça-feira (29/10), em Brasília.


O enfrentamento em defesa dos bancos públicos foi destaque. O presidente do BB, Rubem Novaes, admitiu que a privatização da instituição financeira será inevitável. As discussões também giraram em torno do desmonte na Caixa, principalmente após a Lotex ter sido entregue de bandeja a um grupo estrangeiro. 


A direção do banco 100% público anunciou a realização de uma sequência de ofertas públicas iniciais de ações, as IPOs, das subsidiárias. Caixa Seguridade, área de cartões, Caixa Loterias e gestora de ativos estarão na mira logo no início de 2020. Inclusive, como uma das formas de mostrar os prejuízos do fatiamento da Caixa para toda sociedade, a campanha #ACaixaÉTodaSua já está nas ruas. 


Na oportunidade, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, avaliou as propostas de reforma sindical que estão sendo discutidas no Congresso Nacional. O governo quer extinguir a unicidade sindical e instituir o pluralismo, alterando o atual modelo de sindicato para o americano. Nele, é permitida a existência de entidades sindicais por empresa. O presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, participou da reunião do Comando Nacional dos Bancários.