Itaú deve criar GT para tratar de remuneração 

O Itaú vai criar um grupo de trabalho para tratar sobre remuneração. Esta foi uma das definições da reunião, realizada quarta-feira (18/09), após a COE (Comissão de Organização dos Empregados) apresentar pesquisa sobre os programas SQV (Score de Qualidade de Venda) e o Agir (Ação Gerencial Itaú para Resultado).


O SQV foi lançado no intuito de avaliar o comportamento das vendas feitas pelos bancários. No entanto, o levantamento aponta que a medida penaliza os empregados que, muitas vezes, termina doente, inclusive com depressão. 


O Agir também é outro problema. O programa estabelece metas inalcançáveis e, para piorar, junta os números pessoais e os coletivos de cada agência. Ao criar o GT, a COE espera mudar a forma de cobrança abusiva metas. Também reivindica um pagamento proporcional dentro do programa. Hoje, para o funcionário receber no Agir, precisa alcançar 100% da meta estabelecida.

Números 
Também foram apresentados os números atualizados de bancários, por faixa etária e por áreas de atuação, além da quantidade de admissões em 2018 e de desligamentos. A direção do banco vai passar os dados para o Dieese fazer um estudo. O objetivo é debater o resultado na próxima reunião, em outubro. 


Apesar de o movimento sindical ter apontado o alto número de demissões ocorridas em 2019 (cerca de 8 mil), o Itaú se comprometeu em apresentar a quantidade atualizada de admitidos e de funcionários por raça e gênero no próximo encontro. Também vai apontar possíveis alterações administrativas, como fechamento de agências e mudanças de nomenclaturas e funções dos cargos nas áreas operacionais e comerciais.