Aumenta o número de famílias endividadas 

As contas aumentaram para o trabalhador. O salário vigente (R$ 998,00) não dá nem mesmo para passar o mês com o armário abastecido. São tantas as dívidas que as famílias brasileiras não sabem por onde começar. 


De acordo com dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), o percentual de famílias com dívidas chegou a 64,8%, elevação de 4,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado. 


A alta de 0,19% na inflação nos últimos 12 meses que elevou o preço dos produtos alimentícios é um dos motivos para o alto índice de endividados. É o caso do tomate (131,57%) que está caríssimo. A luz também está mais cara. O aumento de 4,48% nas contas de julho assustou os trabalhadores. 


Mas, a recessão econômica e a política neoliberal, que retira direitos dos cidadãos, eleva o desemprego e achata os salários, são os principais problemas enfrentados pelas famílias brasileiras atualmente. 


A dificuldade em pagar as dívidas é tanta que 9,5% das pessoas declaram não ter condições de pagar as contas em atraso nos próximos meses. Enquanto os preços sobem, o cidadão vai dando um jeito de sobreviver com as migalhas que recebe mensalmente.