Justiça condena o Santander por assédio moral

Bem no mês do Setembro Amarelo, o Santander é condenado, em abrangência nacional, a pagar multas e indenizações por metas abusivas, lesão à saúde dos empregados e prática de assédio moral contra os funcionários. Os valores da indenização chegam a R$ 274.441.432,82 em até cinco parcelas anuais de igual valor.


Volta e meia os bancários são obrigados a lidar com assédio moral por metas abusivas, afixação de ranking de desempenho nas paredes dos locais de trabalho, provocações e cobranças intensas. Isso, sem dúvida, prejudica a saúde mental dos empregados, tanto que o banco responde por 15,31% dos benefícios concedidos pelo INSS por transtornos psiquiátricos decorrentes do trabalho. 


Além disso, foram constatados mais de 2.000 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho em 22 unidades da federação entre 2010 e 2015. No entanto, os casos foram tão negligenciados, que nem ao menos chegaram a Justiça. Um absurdo.


Com a sentença, até a chamada "meta negativa" - que o empregado perdia pontos quando o cliente fazia saques ou resgatava aplicações - foi banida.  O Santander agora deve implantar um novo sistema de metas, estabelecido por negociação coletiva com as entidades sindicais, a ser implantada a partir do dia 1° de janeiro de 2020. Caso as variáveis não sejam cumpridas, o banco deverá pagar multas que vão de R$ 20 mil a R$ 600 mil.