Reforma da Previdência é uma sentença de morte

A reforma da Previdência é cruel, nefasta e nociva aos trabalhadores. A proposta do governo Jair Bolsonaro, aprovada em primeiro turno na Câmara Federal, estabelece idade de 55 a 60 anos aos trabalhadores que exercem atividades perigosas ou insalubres e determina o recebimento de apenas 60% da média de todas as contribuições. 


Atualmente, trabalhadores nesse perfil recebem aposentadoria integral, com 15, 20 ou 25 anos, dependendo do risco das atividades. O texto tem um conteúdo desumano. Outro ponto lamentável é que viúvas, órfãs e órfãos vão receber apenas 60% do valor da pensão por morte.


Quer dizer, se o trabalhador ou trabalhadora que morreu tiver direito a um benefício de um salário mínimo, a viúva, viúvo ou o órfão menor de 21 anos, vai receber apenas R$ 598,80. Se forem dois dependentes (mãe e filho ou apenas dois irmãos órfãos), a pensão será de 70% (R$ 698,60).


Pela regra da reforma, a pensão integral só vale para uma família que tiver no mínimo cinco dependentes. Hoje, o valor corresponde a 100% do benefício, independentemente do número de pessoas na família.


O segundo turno de votação da PEC 006/2019 na Câmara Federal será a partir do dia 6 de agosto. Com isso, os perigos à classe trabalhadora se aproximam cada vez mais. A luta ainda não está perdida. A frente parlamentar ultrapartidária e o movimento sindical continuam resistindo. Ainda dá tempo de reverter o retrocesso.