Conferência tem com mobilização contra retrocesso

O cenário nacional é delicadíssimo. Sem um projeto capaz de superar a recessão econômica e retomar o crescimento com geração de emprego e distribuição de renda, Jair Bolsonaro agrava a recessão econômica e piora consideravelmente a vida do povo brasileiro.

Se o cenário está ruim, pode piorar com a agenda entreguista do governo e somente a mobilização dos trabalhadores pode impedir o retrocesso.

Essa foi a tônica da mesa de abertura da 21ª Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe e o 13º Congresso do Sindicato dos Bancários da Bahia, neste sábado (01/06), no Hotel Portobello, em Ondina, Salvador.

Após a aprovação do Regimento Interno, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, destacou a importância do evento e a necessidade de unidade para enfrentar os desafios que se impõem.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Sandra Freitas, destacou a necessidade em restabelecer a democracia e evitar que o patrimônio nacional seja entregue ao grande capital. “Vamos precisar mais do que nunca que os trabalhadores tenham disposição para a luta”.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira, é fundamental a participação de toda a sociedade na greve geral do dia 14 de junho contra a reforma da Previdência que o governo Bolsonaro, à serviço do sistema financeiro, tenta empurrar e que vai impedir a aposentadoria de milhões trabalhadores.

A necessidade da construção de uma greve geral forte, com a ampla participação da sociedade foi reforçada pelo presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. “As repercussões da política e da economia nos atingem. Não dá para nos omitir, porque os ataques aos nossos direitos vêm a galope”.

Ele destacou ainda a forte reação dos brasileiros contra o corte no orçamento da educação. “A sociedade começa a se levantar. Quem esteve nas ruas no dia 15 e 30 de maio viu uma multidão unificada na defesa da educação pública e de qualidade e da Previdência Social”.

O gravíssimo cenário nacional e mundial foi destacado pelo deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA). “O Brasil se inseriu nesse contexto de forma muito perigosa”.

Ressaltou ainda o papel de Bolsonaro na desconstrução da política, um caminho que causa danos irreparáveis e chamou atenção ainda para o desmonte do Estado brasileiro.

“Vamos enfrentar essa reforma da Previdência. É um texto muito cruel. Tirar o abono de quem ganha até dois salários mínimos. Impor uma capitalização que atende o mercado financeiro. Forjar um rombo que não existe. Não podemos aceitar isso. Temos de colocar a Polícia Federal para correr atrás dos grandes devedores. É o Itaú, Bradesco, Vale...”. Quem fez o alerta foi a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) durante passagem pelo Congresso na manhã deste sábado (01/06).