PL para evitar que bancos fechem agências

O Brasil precisa de uma lei que obrigue os bancos a manterem um número de agências nos municípios, para atender a demanda e evitar transtornos aos clientes. O mínimo seria definido de acordo com a quantidade de correntistas em cada cidade. 

A sugestão do presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, que será levada aos deputados e senadores, em Brasília, é uma reação ao anúncio feito pelo Itaú de que 400 unidades serão fechadas até o fim deste ano. 

A medida já está em curso e acelerada. Desde janeiro, 77 agências encerraram as atividades, 10 somente na Bahia. Até junho, outras 57 devem fechar, deixando milhares de pessoas desassistidas e os funcionários apreensivos. A preocupação não é em vão. 

Com o falso discurso de aumentar a eficiência, demitem milhares de bancários. Em 2018, foram cortados 1,5 mil postos de trabalhos. O Itaú, maior banco privado do país, não foge a regra. A postura se contrapõe ao lucro, sempre crescente. 

O balanço do ano passado fechou em R$ 25,7 bilhões, o maior da história. A expectativa para 2019 é de novo recorde. O resultado do primeiro trimestre, de R$ 6,87 bilhões, é uma mostra.

Os dados não deixam dúvidas. Não há porque fechar as agências. "Para se ter uma ideia, somente a arrecadação com as tarifas bancárias equivale a 180% da folha salarial da empresa", destaca Augusto Vasconcelos.