Governo quer desligar 21 mil de sete estatais

Privatizar o que puder. É assim que o governo pensa e age. Mas, para abrir caminho, sucateia as estatais. Um dos primeiros passos é esvaziar as empresas. Bolsonaro pretende desligar 21 mil funcionários de sete instituições ainda este ano.

A Caixa, por exemplo, estuda reabrir um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) em junho, cuja meta é desligar aproximadamente 3 mil empregados. 

Outros seis PDVs estão previstos, conforme nota do Ministério da Economia. Entre as estatais que já anunciaram os programas estão Correios, Petrobras, Infraero e Embrapa. Essas empresas tinham, no fim do ano passado, 171 mil funcionários. 

No Banco do Brasil, por enquanto, não há notícias sobre plano de demissões.  A última edição do programa, realizada em 2016, desligou 9.400 funcionários.

Vale lembrar que, segundo a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), o número de empregados em estatais federais caiu de 554.834 em 2014, para 494.912 em 2018, queda de 11% (59.922 a menos).

O objetivo do governo em desligar milhares de funcionários de sete estatais é economizar R$ 2,3 bilhões. A grande questão é que as empresas federais, que estão no alvo das privatizações, registraram lucro líquido de R$ 74,3 bilhões, em 2018, o que representa crescimento de 132% em relação ao ano anterior.