SBBA protesta contra o Ben Vale, do Santander
O Sindicato dos Bancários da Bahia realizou manifestação no Santander da avenida Tancredo Neves, em Salvador. A atividade faz parte do Dia Nacional de Luta em defesa dos direitos dos funcionários do banco espanhol.
Desde 30 de abril, em decisão arbitrária, a empresa modificou o cartão alimentação e refeição para uma bandeira própria, com pouquíssimas redes de mercado e restaurantes credenciadas.
Na hora de efetuar o pagamento das compras ou refeição, muitos bancários passam vergonha. Alguns estabelecimentos, mesmo listados como cadastrado no site da bandeira, rejeitam o cartão. Com a mudança, a realidade para os funcionários do Santander tem sido de "pão e água", já que o valor do vale alimentação e refeição faz parte do orçamento e despesas familiares.
O diretor de Comunicação do Sindicato e funcionário do Santander, Adelmo Andrade, afirma que a organização financeira agiu de forma intransigente. "Justamente temendo problemas, solicitamos o adiamento da implantação do Ben Vale por 30 dias, para que mais estabelecimentos pudessem ser credenciados, evitando dor de cabeça aos bancários, mas o Santander ignorou nossos apelos e manteve a data".
Um empregado do banco, durante a manifestação, mostrou indignação com o desrespeito do banco. "Não respondemos a pesquisa e, do nada, de maneira autoritária, modificaram a bandeira do cartão. Ainda bem que temos um movimento sindical ativo na luta em defesa dos bancários".
Realmente, a atitude da empresa é de causar revolta. Sobretudo se analisado o lucro que em 2018 chegou a R$ 12,16 bilhões e só no primeiro trimestre deste ano bateu em R$ 3,485 bilhões. Tem mais, o vale é uma conquista das lutas sindicais e está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, também manifestou repúdio. "Da noite para o dia, de maneira unilateral, sem ouvir o funcionário, o cartão que antes era aceito em todos os mercados, restaurantes e lanchonetes hoje não é mais em quase nenhum. Cobramos do Santander a resolução do problema urgentemente. O bancário não pode pagar por medidas mal avaliadas", afirmou.