Bolsonaro quer privatizar os patrimônios naturais

O caráter profundamente predador, em todos os sentidos, do governo Bolsonaro, se manifesta mais uma vez, agora em novas ameaças ao meio ambiente nacional. O anunciado plano de privatizar valiosos patrimônios naturais, incluindo ricas e atraentes unidades de conservação, exige uma resposta à altura não apenas de organizações e lideranças ambientalistas, mas de toda a sociedade brasileira.

Por incrível que pareça, o governo já incluiu na lista, como primeiras unidades de conservação a serem entregues à iniciativa privada, patrimônios naturais fabulosos como Lençóis Maranhenses (MA), Chapada dos Guimarães (MT), Aparados da Serra (RS) e Jericoacoara (CE). O Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA) também corre risco de privatização.

Na real, a intenção é desmontar completamente a política de conservação ambiental, a fim de possibilitar que poderosos grupos privados metam a mão em grande extensão de terra pública para a exploração não apenas do turismo, mas também de outras atividades, inclusive extremamente poluidoras do ambiente, como a mineração.

Hoje, o Brasil possui 334 áreas protegidas, que correspondem a 9,1% do território nacional, das quais 24,4% na faixa litorânea. A privatização dos patrimônios naturais é um crime de lesa-pátria e confirma a marca antinacional e antipovo do governo Bolsonaro.