Modelo de capitalização assombra brasileiros

O ponto mais impiedoso da reforma da Previdência governo Bolsonaro é o modelo de capitalização. Como de praxe, a equipe econômica se esquiva de explicar como serão pagos os benefícios concedidos atualmente, caso acabe com a repartição solidária. 

No Brasil, a geração de recursos para o RGPS (Regime Geral de Previdência Social) é composta pelas contribuições feitas pelos trabalhadores, pelos impostos e pela contribuição das empresas.

Caso a reforma seja aprovada, o cidadão terá de capitalizar de forma individual o valor para a aposentadoria no futuro. As empresas também deixam de pagar o INSS dos empregados que ficarão por conta própria. Até mesmo aqueles que ganham apenas um salário mínimo. 

Vale lembrar que esse modelo deu errado em outros países como o Chile. Ao menos quatro nações da América Latina afirmam que o valor recebido pelos aposentados fica muito baixo com a capitalização. Em outras palavras, o sistema empurra milhões para a pobreza e destroi a economia. 

No fim das contas, os únicos beneficiados são os banqueiros, que vão passar a administrar as contas de aposentadorias dos trabalhadores. É para se assombrar.