Risco. Desmonte da Caixa dá mais um passo


O governo segue o desmonte do patrimônio nacional e a Caixa é um dos principais alvos. A direção do banco começou a se desfazer de ativos de maior liquidez, a participação em outras empresas e fundos. Primeiro foi a venda da parte no IRB e agora a participação na Petrobras, a partir dos papéis detidos pelo FI-FGTS. 

A intenção é esvaziar os fundos governamentais um por um para aproximar a empresa 100% pública de um banco de investimento. Foram contratadas quatro instituições privadas - Bank of America, XP Investimentos, Morgan Stanley e UBS - para a operação de venda a partir dos papéis detidos pelo FI-FGTS. 

O banco é citado como o "puxa-fila" das privatizações brasileiras na grande imprensa. No jornal O Estado de São Paulo, a manchete de Economia nesta terça-feira (16/04) foi Caixa puxa fila da 'redução do Estado' e avança no preparo de venda de ativos. Segundo a reportagem, a operação da estatal petrolífera renderá R$ 9 bilhões.

As ameaças também são direcionadas às áreas mais rentáveis da instituição, como operações de cartões, ativos e seguridade. Ainda tem o leilão da Lotex, marcado para o próximo dia 26.

O desmonte não para. Não importa se o enfraquecimento da Caixa resultará no fim do financiamento habitacional para realizar o sonho da casa própria, investimento em esgotamento sanitário e em obras públicas.