No mundo, os serviços são reestatizados

Enquanto o Brasil reza a cartilha neoliberal e entrega as empresas estatais de mão beijada para o grande capital, as nações mais desenvolvidas do mundo reestatizam os serviços. Desde 2000, ao menos 884 voltaram ao controle do Estado.

As reestatizações acontecem com destaque nos Estados Unidos, berço do capitalismo, e na Alemanha. Alguns podem até estranhar, mas a verdade é que o governo norte-americano, protege as empresas públicas, capazes de superar crises financeiras como a de 2008. 

Outros fatores influenciam nas decisões dos governos em retomar o controle das estatais, como a piora e o encarecimento dos serviços prestados pelas empresas privadas, que priorizam o lucro. Os dados, coletados entre 2000 e 2017, são da TNI (Transnational Institute), sediada na Holanda.  

A maioria dos casos de reestatização (83%) aconteceu a partir de 2009, ou seja, depois do auge da crise financeira e os bancos estão na lista. Segundo o estudo, as reestatizações são uma tendência mundial. Menos no Brasil. Por aqui, Bolsonaro entrega tudo ao grande capital. 

Empresas como Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e BNDES - fundamentais para o crescimento do país - estão sendo preparadas para privatização. O governo já não esconde e trabalha a passos largos. Nos EUA, o presidente Jair Bolsonaro disse que o sentido do governo não é construir coisas para o povo brasileiro, mas desconstruir. E está fazendo direitinho, acabando com o patrimônio nacional.