Na crise e sem grana, endividamento só cresce

O brasileiro está com "a mão na cabeça". As contas chegam, mas o cidadão não tem dinheiro para honrar os compromissos em dia. O percentual de famílias que afirmam ter algum tipo de dívida chegou a 61,5% em fevereiro. Houve alta de 1,4 ponto percentual em relação aos 60,1% registrados em janeiro.

Trata-se do segundo aumento consecutivo, na comparação mensal, e é o maior patamar desde dezembro de 2017. O índice de família com dívidas ou contas em atraso também subiu em fevereiro em relação a janeiro. Passou de 22,9% para 23,1% do total. 

O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,8 meses. Do total, 26,2% estão comprometidas com dívidas até três meses; e 29,7%, por mais de um ano.

Um dos principais causadores das dívidas é o cartão de crédito, apontado por 78,5% das famílias, seguido por carnês (13,9%), e financiamento de carro (9,8%). 

Os dados são da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), produzida mensalmente pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).