Comando quer mudança no Censo da Diversidade

O Censo da Diversidade Bancária não deve trazer apenas a fotografia da realidade do setor. Deve se tornar uma ferramenta de formação e de mudança da cultura discriminatória. Esta foi a mudança proposta pelo Comando Nacional à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na reunião sobre igualdade de oportunidades, terça-feira (12/03). 

Após aceitar a sugestão, os representantes dos bancos se comprometeram em apresentar cronograma de atividades para a implantação na próxima reunião sobre o tema. O encontro está previsto para o dia 10 de abril.

O Comando acredita que a mudança do caráter do Censo pode resultar na capacitação da categoria e possibilitar que cada bancário se torne agente da diversidade, do respeito e da igualdade em toda a sociedade. Dados sobre a discriminação e a violência contra as mulheres, negros, pessoas com deficiência (PCDs) e LGBTs também foram apresentados.

"Há alguns anos cobramos dos bancos uma postura de enfrentamento à discriminação e ao assédio que as mulheres sofrem em muitos locais de trabalho. Consideramos que foi um importante avanço a Fenaban se comprometer em tomar medidas quanto a isso", presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos.

O presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto também participou da reunião. 

Canal 
Outra proposta feita aos bancos é que um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência seja criado. Tanto doméstica ou as ocorridas em outros ambientes sociais, inclusive no trabalho.

Com o canal, a intenção é que as vítimas de violência sejam acolhidas e orientadas, além de receberem assistência jurídica, psicológica e de acompanhamento específico para estes casos. Os bancos analisarão a proposta e darão resposta na próxima mesa de negociações.