Mínimo longe do ideal. Realidade é diferente 

Para o brasileiro, viver com um salário mínimo (998,00) é fazer malabarismo. Praticamente impossível. A realidade seria diferente se fosse aplicado o valor estimado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) em fevereiro, de R$ 4.052,65. 

Para o Dieese, R$ 4.052,65 (4,06 vezes o salário mínimo em vigor), é o valor necessário para sustentar uma família de quatro pessoas e atender as necessidades básicas, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.

O valor é calculado com base na cesta básica mais cara entre 18 capitais pesquisadas. No último mês, o maior valor foi verificado em São Paulo (R$ 482,40). Já os valores mais baixos foram registrados em Salvador (R$ 362,93) e São Luís (R$ 368,82).

No Brasil, o custo de vida está cada vez mais alto atrelado ao fato de que o desemprego sobe. Se a cesta básica mais barata é R$ 362,93, significa dizer que, para quem ganha R$ 998,00, sobram apenas R$ 635,07 para todas as outras necessidades. A matemática “não bate”.