Discriminação salarial nos bancos é persistente

A diferença salarial entre homem e mulher acontece em todas as categorias. No setor bancário, não é diferente. Dados da pesquisa de Emprego Bancário, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontam que das 1.089 mulheres admitidas nos bancos em janeiro de 2019 receberam em média 82,8% do valor pago aos 1.359 bancários contratados no mesmo período.

A diferença salarial entre bancárias e bancários persiste ao longo de toda a carreira, uma vez que também é constatada no momento do desligamento. As 1.189 mulheres desligadas dos bancos em janeiro recebiam, em média, valor correspondente a 79% da remuneração média dos 1.253 homens que deixaram os cargos nos bancos no primeiro mês de 2019.

A discriminação também é sentida nos cargos de direção. No Santander, elas ocupam apenas 20,20% desse espaço. No Itaú, 12,7% e no Bradesco, 5,15%.

Nos bancos públicos chega ser ainda pior. No BB, 4,84% e, na Caixa, somente 2,7%. No setor bancário esse fator fica ainda mais grave pelo fato de que as mulheres têm melhor formação do que os homens, mas os melhores cargos e salários ficam com eles. Triste realidade.